Desde o seu retorno oficial ao país em parceria com a DL, a chinesa Xiaomi vem apostando em abrir pontos de venda para apresentar seus produtos presencialmente, sendo basicamente todas as lojas até então localizadas na cidade de São Paulo.
No entanto, nos últimos dias, um post realizado no Instagram vem gerando questionamentos quanto a chegada da empresa na cidade do Rio de Janeiro, em uma possível loja localizada no centro da cidade.
Originalmente, a publicação enviada pelo usuário “agendabafafa” citava que a “Chinesa Xiaomi vai ter megaloja com terraço e atendimento personalizado no Centro Cidade” gerando questionamento de alguns de nossos seguidores sobre a chegada oficial da mesma ao estado.
Apesar do equivoco na publicação (posteriormente, a publicação foi excluída e uma nova foi enviada com o texto correto), é válido esclarecermos alguns pontos a respeito da nova empreitada citada pelo usuário.
Não, a Xiaomi não anunciou loja no Rio
Considerando que a única empresa que pode se intitular como Xiaomi no país é a DL, que conta com parceria oficial, a resposta é não. Não teremos ao menos por enquanto uma loja carioca da marca.
O projeto na verdade é de um importador que vende os produtos da marca por conta própria, a Xiaomi Mi e Co Brasil, que aproveitará a infraestrutura oferecida por uma empresa especializada em sub-locação de espaços compartilhados, a WeWork, que conta com escritórios em vários países, incluindo o Brasil.
Por lá, possivelmente, a importadora contará com uma sala (ou ao menos, a parceria na modalidade coworking), o que permitirá à empresa receber clientes e parceiros na estrutura física.
Nota fiscal e garantia mas não com a DL
Ainda de acordo com a “Xiaomi Mi e Co Brasil” em descrição exibida no link na própria fanpage e na bio no Instagram, a oferta dos produtos vendidos por eles oferece a emissão de nota fiscal para seus clientes e garantia de 3 meses.
Além disso, a promessa é que a empresa oferecerá suporte por até 3 anos a partir da aquisição do produto, ou seja, possivelmente serviço de assistência técnica por esse período, não ficando no entanto claro se esse prazo é com custos por conta do usuário (algo que é bem provável).
Vale aqui observar que, ao menos na teoria, a promessa está de acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC) que, em seu artigo 26 inciso II, preceitua garantia de noventa dias para produtos duráveis, independente da existência de termo de garantia oficializado.
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
II – noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
No entanto, um aspecto que é valido citar por aqui é que a garantia e suporte oferecidos não são, ao menos teoricamente, baseados na rede oficial, ficando por conta do importador todo o suporte posterior à aquisição.
Vale também lembrar aqui que, no caso da empresa oficial, a garantia é de 12 meses porém, é bem provável que no caso do importador, os preços sejam mais agressivos, ficando por conta do usuário pesar qual seria a melhor solução a se seguir.
E a oficial, vai abrir?
Essa é, sem sombra de dúvidas, a pergunta que vale milhões. Segundo a própria DL em eventos realizados desde o retorno da marca ao país, a expectativa é que com o tempo, outras lojas oficiais sejam anunciadas.
No entanto, ao menos por enquanto, não existe nenhuma evidência de que isso ocorra nos próximos meses, ainda mais considerando o atual momento de pandemia de coronavírus (COVID-19), desestimulando ao menos por enquanto o contato social e por consequência, a chegada de novas lojas.
Obviamente, o Rio de Janeiro é uma das principais vitrines do país depois da cidade de São Paulo, considerado o coração financeiro nacional então, é de se esperar que em algum momento isso aconteça mas ao menos por enquanto, isso deve demorar.