Quanto mais temos, mais queremos. Eis uma máxima da humanidade! A insatisfação constante da raça humana nos levou a evoluções nunca antes pensadas e o que era um luxo se tornou necessidade e pré-requisito para muitos. A crescente demanda de hardware e software dos aparelhos mobile têm trazido também a necessidade de grande armazenamento.
O grande ponto é que não adianta ter alta capacidade de armazenamento mas ser um cágado para utilizar ela. Pensando nisso, a Samsung lançou embarcada nos seus últimos flagships (linha Galaxy S6, para ser mais exato) a tecnologia de armazenamento UFS (Universal Flash Storage).
Para entender o que isso significa, é necessário passar antes pelo atual para conseguir “visualizar o futuro”, que é praticamente amanhã…
eMMC, o padrão atual
O eMMC (cartão de multimídia integrado) é um tipo de memória flash avançada para aplicativos móveis, sendo a dominante para muitos eletrônicos como tablets, smartphones, GPS, e-Readers e outros dispositivos móveis.
A memória eMMC compacta (normalmente menor que um selo) e permite a criação de dispositivos pequenos e finos. O eMMC está atualmente na versão 5.1 e tem excelente desempenho, sem deixar de lado a eficiência energética.
Tá, mas então, o que diabos é o UFS?
UFS é uma nova geração de memórias Flash. Ela (que já vai na versão 2.0), oferece velocidades de leitura e gravação rápidas o suficiente disputar em pé de igualdade com os SSDs, sem deixar de lado o baixo consumo de energia do tradicional eMMC.
Com controlador e firmware altamente inteligentes, oferecendo alto nível de desempenho e qualidade, teremos acesso a cada vez melhor experiência de uso. Além de uma inicialização rápida dos sistemas, será possível armazenar conteúdos de forma mais rápida, quando gerado pelo próprio aparelho ou via transferência, podendo ser até três vezes mais rápido. Isso também um multitarefas mais eficiente e entretenimento em alto nível (os dispositivos sofrerão menos para rodar jogos e outros tipos de entretenimento que requerem alto desempenho).
Que comece a batalha: eMMC vs UFS
O UFS trás, notoriamente, uma melhora substancial no desempenho. Isso se deve a dois fatores principais:
Em primeiro lugar, o UFS tem uma interface serial chamada LVDS (Low-Voltage Differential Signaling) que utiliza caminhos de leitura/gravação dedicados (ou seja, cada um faz sua função. Seria como se olhássemos uma estrada com duas vias de fluxo simultâneo, ou seja, ida e volta). O que isso significa? O UFS permite leitura e gravação simultânea, enquanto o eMMC só permite um deles por vez (ou você lê, ou escreve).
Em segundo lugar, o UFS possui uma fila de comandos (CQ) que classifica os comandos que precisam ser realizados. Com isso, inúmeros comandos podem ser realizados simultaneamente e a sequencia das tarefas pode ser alterada conforme a necessidade do usuário. O eMMC, em contrapartida, depende do encerramento de um processo para iniciar outro.
A combinação destes dois fatores, somado com os recursos de engenharia da Samsung, permite que o UFS 2.0 tenha uma velocidades sequencial de leitura, gravação sequencial, leitura aleatória e gravação aleatória de 1,40, 1,66, 2,71, 1,07 vezes mais rápidas, respectivamente, do que eMMC 5.0.
Fonte: Samsung
