Nas últimas semanas, temos visto o governo americano, capitaneado pelo presidente Donald Trump, aumentar o tom com relação à sanções para empresas chinesas, sendo a mais recente vítima disso o aplicativo de vídeos curtos TikTok e do mensageiro WeChat.
Acusado, assim como a Huawei, de poder violar a privacidade de usuários com o repasse das informações de dados obtidos pelos aplicativos para o serviço de inteligência chinês, gerando assim o questionamento sobre até onde nossos dados podem ou não ser acessados por governos e empresas.
Acrescentando a isso, o jornal The New York Times trouxe em publicação recente informações de que a CIA (Central Intelligence Agency) não viu evidências desses referidos acessos, o que reforça ao menos por enquanto a defesa por parte da empresa de que nada foi fornecido ao governo chinês.
Ainda segundo o órgão de inteligencia norte-americano, apesar de não haver evidências com relação ao acesso propriamente dito aos dados, não foi descartado que seria possível desviar esses dados, tendo em vista que o aplicativo pertence à uma empresa chinesa (a ByteDance).
Vale lembrar também que recentemente, a Microsoft entrou na discussão sobre o TikTok, pedindo que o governo norte-americano ampliasse o tempo de analise, tendo se colocado como potencial compradora do serviço de vídeos curtos que vem ganhando notoriedade ao redor do mundo.
Um ponto que no entanto segue chamando a atenção nos recorrentes questionamentos quando se fala de privacidade e acesso de dados, o governo usa dois pesos e duas medidas para tomar suas decisões, sendo raro ver o mesmo exagero na movimentação ser tomada contra empresas domésticas.
Nesses, podemos colocar como principal exemplo a rede social Facebook, que nos últimos meses se envolveu em alguns escândalos de violação de privacidade e vazamento de informações privadas, com posterior de uso de dados por terceiros, o que ajudou ativamente na eleição do atual mandatário no caso mais notório, o Cambridge Analytica.
Em todo caso, é esperado que nas próximas semanas, vejamos mais novidades relacionadas ao caso TikTok (incluindo a possível aquisição por parte da Microsoft) e o aumento no tom com outras empresas chinesas, no que cada vez mais se mostra como uma briga comercial do que de a falseada alegação de preocupação com a privacidade de seus cidadãos.
E aí, qual a sua opinião sobre o assunto? Conta pra gente nos comentários!
Fontes: The New York Times, Forbes e Business Insider