LG Velvet Review

LG Velvet prova que panela velha ainda faz comida boa! – Análise | Review

Trazendo visual refinado e hardware “mais antigo”, o LG Velvet mostra que é possível ser bom sem ter conjunto do último ano

Apresentado recentemente no Brasil pela LG, o Velvet chegou com a aposta de trazer um dispositivo com acabamento premium, hardware avançado e preço alto mas, será que ele vale a pena, efetivamente?

Pensando nisso, temos hoje o review do LG Velvet, aparelho que ficou com a gente aproximadamente 1 mês e foi gentilmente cedido pela LG do Brasil para que esse conteúdo seja produzido.

Confira!


Design

Inegavelmente, um dos detalhes que mais chamam a atenção no LG Velvet 4G é a oferta de um aparelho fino, elegante e com acabamento que não deixa a desejar quando comparado com aparelhos superiores a ele, mostrando assim que a sul-coreana caprichou nesse sentido.

Para isso, a aposta foi em trazer na frontal um painel P-OLED Full HD+ de 6,8″ com proporção de 20:9 e biometria integrada, algo que pode agradar os usuários que preferem ela presente na parte da frente em substituição aos leitores laterais e traseiros.

LG Velvet - Frontal

Quanto a traseira, é possível ver um dos destaques visuais do aparelho: o conjunto de câmeras com design “gota de chuva”, que dispõe o sensor principal de 48MP no topo (único que efetivamente extrapola o limite do frame), acompanhado de uma para modo retrato de 5MP e um terceiro de 8MP para ultra-wide, além de um flash LED.

LG Velvet - traseira

No mais, temos exatamente a mesma formatação vista nos demais aparelhos da marca, ou seja, botões de volume e Google Assistente na esquerda, botão liga/desliga na direita, gaveta para chip (hibrida) no topo e na parte de baixo, um combo de entrada P2, USB-C e um speaker.


Hardware e desempenho

Essa é a hora de falarmos da polêmica por trás do LG Velvet. Ao contrário de boa parte dos aparelhos lançados no Brasil nesse ano, o LG Velvet apostou em trazer um chipset mais antigo (Snapdragon 845), que é exatamente o mesmo visto no LG G7 ThinQ, de 2018.

Só para entendermos melhor as possibilidades que seriam dadas para lançamento aqui, temos que ele é vendido lá fora também em opções com o Snapdragon 765G ou MediaTek Dimensity 1000C.

Como pode ser observado, em ambos os casos, temos lá fora outras duas opções que focam no 5G e que rodam em paralelo a versão lançada por aqui (que também chegou em alguns mercados da Europa).

Curiosamente porém, esse hardware “mais datado” é uma vantagem interessante para quem usa o dispositivo, tendo em vista que ele entrega mais desempenho que o Snapdragon 765G em troca de abrir mão do 5G, que até o momento não existe no país (excluindo-se o pseudo-5G vendido por algumas operadoras que na verdade é um 4G Turbo).

Aliado ao chipset em questão, temos um combo de 6GB de RAM e 128GB de armazenamento interno, que pode ainda ser expandido através de um cartão microSD de até 2TB, desde que você abra mão de utilizar um dos chips de telefonia.

Especificações técnicas

  • Chipset: Qualcomm Snapdragon 845
  • Processador: Octa-core de até 2.8GHz
  • GPU: Adreno 630
  • RAM: 6GB
  • Armazenamento interno: 128GB
  • Tela: P-OLED Full HD+ de 6.8″ com proporção de 20:9
  • Câmera frontal: 16MP
  • Câmeras traseiras: 48MP + ultrawide de 8MP + retrato de 5MP
  • Bateria: 4.300 mAh
  • Sistema operacional: LG UX baseada no Android 10

O que significa na prática?

Saindo dos números frios e indo efetivamente para o que se pode esperar do LG Velvet, temos um dispositivo que performa bem quando exigido, permitindo a sua utilização para jogos e outras tarefas, sem grandes sustos.

Para conferir a capacidade de executar jogos, optamos por testar os mesmos 6 títulos que apostamos em outros aparelhos que passam poir aqui, ou seja, CoD Mobile, PUBG Mobile, Free Fire, Asphalt 9 Legends, Real Racing 3 e PES 2020, entregando fluidez.

Benchmarks

Passando para os benchmarks, temos resultados dentro do esperado para um aparelho com chipset Snapdragon 845, ou seja, algo um pouco abaixo dos topos de linha atuais mas acima dos intermediários premium que concorrem com ele.

Geekbench 4.4.2 Pro e 5.2.5

3D Mark


Interface e sistema operacional

Considerado um dos primeiros a se beneficiar do Android 10 dentro da LG, o Velvet traz melhorias consideráveis quando comparamos com aparelhos que temos a versão anterior do OS assinado pelo Google embarcado.

Entre as evoluções dignas de nota por aqui, temos que a LG UX (ou Velvet UI, como chamam em outros lugares) trouxe uma identidade mais limpa, aplicação de transparências e a implementação de gestos, seguindo os padrões do próprio Google.

Com isso, ao menos quando se fala de flavour, temos um dispositivo em dia (ficando pendente apenas o Android 11, que sabe-se lá quando virá).

Um ponto que no entanto é digno de nota nesse sentido é que no quesito segurança, a LG derrapou, não tendo liberado nenhum patch de segurança no período em que o aparelho esteve aqui no EpicGeek, mantendo ele estacionado na atualização de julho/2020, enquanto o LG K61 já se encontra no patch de novembro aqui no Brasil.

Um ponto bacana de se citar aqui é que o OS segue oferecendo boas opções de personalização, sendo possivel alterar as cores principais da cortina (saindo do verde e optando por outra cor), temas, ícones e mais.

Um outro ponto digno de nota por aqui é o vício recorrente da LG em apostar por colocar bloatwares no aparelho, sendo incluídos não só os obrigatórios (leia-se apps do Google) e da própria marca como também jogos e outros apps.


Bateria

Um dos pontos que sempre se questiona ao ver um aparelho com chipset mais robusto é a sua autonomia energética, ainda mais considerando que este é consideravelmente mais antigo, levando a suspeitar que o consumo seja maior.

Felizmente porém, a suspeita nesse caso não se confirma, mostrando que a LG foi muito hábil e competente a fazer com que o Android 10 e o Snapdragon 845 consumam de forma coerente a bateria de 4.300 mAh.

Para se ter uma noção do tempo possível de se obter com o LG Velvet, rodamos o já tradicional Geekbench 4.4.2 Pro no modo teste de bateria, utilizando o brilho no máximo e o resultado final apontou para uma autonomia de pouco mais de 6h, como pode ser conferido abaixo.

Certamente, você deve estar achando que eu sou maluco por dizer que um resultado de 6h no Geekbench é excelente mas a brincadeira toda é justamente o bonus round dessa brincadeira.

Falando efetivamente do mundo real, a gente aproveitou para medir o desempenho desa mesma bateria em condições normais de uso, ou seja, com o brilho coerente para o dia-a-dia e executando tarefas normais do usuário e é nessa hora que o Velvet mostra o seu valor.

Em uso misto, ou seja, utilizando para jogos casuais, redes sociais e ligações, o aparelho facilmente consegue chegar ao final do dia, algo que em parte é responsabilidade da incrível habilidade do aparelho de não consumir quando não está sendo utilizado.

Para tirar a prova dos 9 nesse sentido, também medimos o consumo energético durante os jogos (aqueles que executamos para teste de desempenho) e em 2h de jogo (sim, jogamos muito mais do que está no vídeo), o consumo foi de 23%, o que na média daria algo pouco acima das 8h de jogatina para acabar com a bateria.

Já no que tange ao carregamento, temos um aparelho que é mais esperto na tomada que seus irmãos intermediários, sendo capaz de ir de 0% a 100% em aproximadamente 1h30min.

Não menos importante, o aparelho também possui suporte ao carregamento por indução mas nesse sentido, não aferimos o tempo demorado para completar o tanque.

Vale como sempre lembrar que aquele vício zoado de não permitir o carregamento do dispositivo desligado, sendo vista a inicialização do aparelho assim que ele se conecta a tomada e percebe uma quantidade mínima de energia para o arranque do sistema.

Isso acima de tudo pode incomodar em especial aqueles que gostam de desligar o aparelho durante a noite e aqueles que querem carregar mais rapidamente o dispositivo, fazendo com que todo o foco seja para o preenchimento da bateria.


Câmeras

Trazendo uma câmera frontal de 16MP e um conjunto triplo na traseira que consiste em um sensor principal de 48MP, o LG Velvet não faz feio nas fotos, trazendo bons resultados quando consideramos a qualidade de cores e a capacidade de reproduzir detalhes.

Caso você queira conferir todas as fotos que tiramos com o LG Velvet, é só acessar nosso álbum no Google Drive, clicando aqui.

Falando em especial das funcionalidades e software embarcado, temos que o LG Velvet traz as funcionalidades mais tradicionais vistas nos aparelhos no mercado, o que significa dizer que temos nele o modo noturno (que acaba sendo desnecessário graças ao sistema de IA), modo manual para fotos, retrato e mais.

Além disso, também é visto o chamado modo “ASMR” que potencializa a captura de áudio durante a gravação de vídeos, visando atender os produtores de conteúdo que desejam esse tipo de captura. Em contrapartida, não vemos por aqui o modo de vídeo com modo manual, exigindo portanto que você baixe apps de terceiros para essa opção.


Vale a pena?

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Onde comprar?

Disponível para compra nas principais lojas, o LG Velvet foi apresentado por R$ 4.299 porém já pode ser encontrado por valor relativamente abaixo do de lançamento, sendo visto em alguns casos abaixo dos R$ 3.000.

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