A Apple anunciou nesta quinta-feira (21) um aumento no preço da assinatura mensal do seu serviço de streaming, o Apple TV+. A mudança, que afeta o Brasil e outros mercados internacionais, eleva o valor de R$ 21,90 para R$ 29,90, um reajuste de aproximadamente 37%. Este é o segundo aumento significativo do serviço em menos de dois anos, seguindo uma tendência de reajustes no setor de streaming.
Para novos assinantes, o valor de R$ 29,90 já está em vigor. Clientes atuais da plataforma começarão a ser cobrados pelo novo preço no próximo ciclo de faturamento, após 30 dias do anúncio. A medida alinha o valor do serviço no Brasil a um reajuste global, que nos Estados Unidos elevou a mensalidade de US$ 9,99 para US$ 12,99.
Qual o novo preço do Apple TV+ e o que muda?
O reajuste anunciado pela Apple altera exclusivamente o valor da assinatura mensal do Apple TV+. O plano anual, por outro lado, não sofreu alterações e permanece uma opção para usuários que buscam um custo-benefício maior a longo prazo. Nos Estados Unidos, o plano anual continua custando US$ 99.
Essa estratégia de manter o preço anual pode ser uma forma de incentivar a fidelidade dos assinantes, garantindo um fluxo de receita mais estável para a companhia. Para o consumidor, a assinatura anual representa uma economia em comparação com o pagamento mensal do novo valor ao longo de doze meses.
É importante notar que o Apple TV+ se diferencia de concorrentes por oferecer um único plano de assinatura, que já inclui acesso a todo o catálogo em resolução 4K, com suporte a tecnologias como HDR, Dolby Vision e Áudio Espacial com Dolby Atmos, sem anúncios.
Por que o serviço de streaming da Apple ficou mais caro?
Em comunicado, a Apple justifica o aumento de preço com base na expansão contínua de seu catálogo de conteúdo original. Desde seu lançamento em 2019, o serviço tem investido em produções de grande orçamento, incluindo séries e filmes que conquistaram reconhecimento da crítica e prêmios importantes.
Segundo a empresa, o reajuste reflete o valor agregado à plataforma com a adição de um volume expressivo de “Apple Originals”. Títulos como “Ruptura”, “Ted Lasso”, “Silo” e “The Morning Show” são frequentemente citados como exemplos do calibre das produções que compõem o serviço. A estratégia da companhia é focar em um portfólio de alta qualidade em vez de um volume massivo de conteúdo licenciado.
O aumento também acompanha um movimento geral do mercado. Outros grandes players do setor de streaming, como Netflix e Disney+, também reajustaram seus preços recentemente, citando custos de produção e a necessidade de investir em novas tecnologias e conteúdos para se manterem competitivos.
Os pacotes Apple One serão afetados pelo aumento?
Uma dúvida comum entre os usuários do ecossistema Apple é se o aumento do Apple TV+ impactará os preços dos pacotes Apple One. De acordo com as informações divulgadas até o momento, os valores dos pacotes Apple One, que incluem Apple TV+, Apple Music, Apple Arcade e armazenamento no iCloud+, não sofreram reajuste.
Os planos continuam com os mesmos preços estabelecidos em maio de 2025:
- Individual: R$ 42,90/mês
- Familiar: R$ 59,90/mês
- Premium: R$ 99,90/mês
Para usuários que assinam múltiplos serviços da Apple, o pacote Apple One se torna uma opção ainda mais vantajosa economicamente após o aumento individual do Apple TV+. A manutenção dos preços do pacote pode ser uma estratégia da empresa para fortalecer a adesão a seu ecossistema integrado.
Histórico de preços e o futuro do streaming
O Apple TV+ foi lançado no Brasil com um preço agressivo de R$ 9,90, o que ajudou a atrair uma base inicial de assinantes. Com o tempo e o amadurecimento do catálogo, a empresa realizou reajustes para posicionar o serviço de forma mais competitiva frente aos concorrentes. O último grande aumento havia ocorrido em outubro de 2023.
O novo valor de R$ 29,90 coloca o Apple TV+ em um patamar de preço similar ao de outros serviços de streaming consolidados no mercado brasileiro. A decisão da Apple reforça a percepção de que a era dos preços extremamente baixos no streaming está chegando ao fim, com as empresas buscando maior sustentabilidade financeira para seus investimentos em conteúdo exclusivo e de alta qualidade. Aos usuários, resta avaliar o custo-benefício de cada plataforma dentro de suas preferências de consumo.
Fonte: MacRumors, 9to5Mac, MacMagazine