[Review] Xiaomi Redmi 2

O primeiro aparelho da Xiaomi a desembarcar no país, o Redmi 2 passou pela nossa análise. Confira

Design

Leve e com bom acabamento, o Xiaomi Redmi 2 surpreende. Quem olha o seu preço de venda, não leva fé que será algo tão bem arrematado e de bom gosto. A sua carcaça plástica tem boa pegada e mostra a que vem, provando que o fato de ser chinês não o faz um aparelho de baixa qualidade de acabamento.

A ressalva a se fazer é com relação à quem está acostumado a aparelhos maiores. Seu corpo compacto pode o tornar um estranho no ninho, se o seu comprador estiver acostumado a utilizar lajes que fazem ligação smartphones de tela maior. Suas dimensões se assemelham muito às do iPhone portanto, se você tem mão de pedreiro, fica a observação.

Hardware e desempenho

Embalado pelo processador Qualcomm Snapdragon 410 e 1GB de RAM, o aparelho fica dentro do aceitável no quesito desempenho. Para os amantes do Antutu, ele fez 19.113 pontos, algo considerado abaixo da média. Para se ter uma noção, o MotoE 2015, que possui o mesmo hardware bate 23.137 pontos. Essa diferença se dá, acima de tudo, por causa da quantidade de aplicativos embarcados e do sistema customizado pela marca, a MIUI. Por sinal, o aparelho sofre com a baixa quantidade de RAM. Para se ter uma ideia, ele fica com apenas 362MB disponíveis para rodar os aplicativos.

Com isso, o uso de multi-tarefas deixa a desejar. Se for usar o Facebook então, esqueça! Utilize no máximo o Facebook Lite ou via navegador.

No entanto, tirando essa limitação por parte do Redmi 2 e se valendo de bom senso, ele consegue desempenhar dentro do aceitável sua missão. No vídeo, é possível ver que o Real Racing 3 foi executado e jogado sem problemas (lembre-se: todos os aplicativos estavam fechados 😉 ).

Armazenamento

Quem me conhece, sabe que tenho certa resistência a consumir e sugerir aparelhos com menos de 16GB de armazenamento. No entanto, apesar de o sistema consumir a RAM de canudinho, ele é relativamente enxuto e deixa disponível para o usuário aproximadamente 6GB, o que é muito bom. Vale lembrar que esse espaço será o utilizado para o armazenamento de aplicativos (a não ser que você programe para que ele jogue para o cartão MicroSD os aplicativos porém, para fazer isso, é necessário ter ROOT).

Bateria

Apesar de o aparelho trazer uma bateria com meros 2.200 mAh, podemos considerar a durabilidade dela acima do esperado. Com uso moderado, intercalando entre 4G e Wi-Fi, o aparelho não deixou na mão, aguentando bravamente sem dar trela para um carregador.

Já ao colocar o aparelho em condições “extremas” (ou seja, com dual chip rodando e conectado no WiFi), o aparelho conseguiu bater uma faixa de duração satisfatória. Jogando o Real Racing 3, a bateria chegou aos 7% com pouco mais de 3 1/2h de tela. Já no consumo de filmes (utilizamos para teste um com resolução Full HD), a bateria chegou a 0% em pouco mais de 7h ininterruptas de tela.

O destaque negativo novamente foi o FaceBug, que consumiu demais a bateria mas, seguindo o mesmo preceito acima de não ter o aplicativo principal, mas sim a versão lite, não há problemas.

Tela

Outra grata surpresa. Apesar de trazer uma tecnologia de tela discriminada por muitos, o Redmi 2 surpreende. Seu balanceamento de cores é ideal e não é visto pixelização, graças a laminação diferenciada. Por sinal, em nível de comparação, ele fica muito próximo do iPhone 6 no quesito “pixels per inch” ou, em português, pixels por polegada.

Aplicativos embarcados e interface

Ok, eis um ponto delicado. O Redmi 2 tem uma quantidade considerável de aplicativos já embarcados. Por sorte e felicidade dos usuários, isso no entanto, não o faz um aparelho com armazenamento entupido de lixo bloatware. Além da já conhecida suite de aplicativos com a grife do Google (sim, ele vem com eles E a Play Store), ele também trás embarcado aplicativos para leitura de QR Code, e-mail, compasso (leia-se bussola), gravador de voz, notas e segurança.

Por sinal, o aplicativo de segurança ajuda não só no quesito verificação de vulnerabilidades, como também ajuda a gerir dados, fazer limpeza de armazenamento, adicionar números à lista negra, economizar bateria e gerir permissões. A gestão de permissões permite não somente definir se um aplicativo vai ou não rodar no start do sistema como também definir o que cada aplicativo tem acesso, subindo o nível de controle nas mãos do usuário.

Com relação à interface, temos a MIUI em todo o seu primor. Seus ícones são bem desenhados e um verdadeiro banho de bom gosto em algumas marcas. O launcher segue praticamente a mesma filosofia do iOS, não possuindo um menu a qual organize os aplicativos. Fica tudo nas telas de home, podendo ser organizado em pastas. Obviamente, é possível também utilizar outro launcher como o Nova mas perde-se parte da graça de um aparelho da marca. Além do visual padrão, o aparelho dispõe de uma loja de temas, permitindo também personalizar ícones e afins, o que confere mais um ponto para manter ele no aparelho por default.

Câmera

Essa foi uma grata e esperada surpresa no teste. Inegavelmente, o Redmi 2 tem uma câmera excepcional e arrisco a dizer que é uma das melhores (se não for a melhor) do mercado em sua faixa de preço e tem condições de enfrentar até aparelhos tidos como superiores a ele.

Os destaques ficam por conta justamente onde os outros pecam: Nas fotos com baixa luminosidade e no selfie. Vocês poderão ver na galeria abaixo (armazenada no Flickr para que não seja perdida a qualidade das imagens) que o automático trabalha de maneira magnifica, permitindo até tirar fotos da lua sem grandes dificuldades.

Em fotos macro, o aparelho também teve bom desempenho e só deixou a desejar ao utilizar o zoom mas cá entre nós? Aí já é querer demais né?

Em suma, é o que sempre digo: Quantidade de MP não significa qualidade de câmera e o Redmi 2 foi a prova cabal disso, mostrando que um software bem arrematado faz toda a diferença.

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Veredito

O Xiaomi Redmi 2 foi uma decisão acertada para o mercado nacional. Devido aos seus concorrentes diretos no quesito preço, ele nada de braçada e se torna a melhor opção a se adquirir. As ressalvas ficam por conta do desempenho, graças à baixa quantidade de RAM, conciliada com um sistema que por vezes se torna pesado para o aparelho. Nada que se compare, no entanto aos seus rivais.

Portanto, se você busca um aparelho com bom custo-beneficio, suporte à 4G e não faz questão de uma tela gigantesca, pode ir sem medo nas mãos do coelhinho chinês.

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